Estudantes de SP terão de ser acompanhados até 2022 para recuperarem prejuízo, diz secretário de educação
O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, disse em entrevista à Globonews na manhã desta quinta-feira (2), que se as aulas nas escolas puderem voltar no dia 8 de setembro como previsto pelo governo, os prejuízos destes meses de pandemia não serão recuperados em um ou dois meses.
Pelo plano do governo, as aulas serão retomadas se o estado estiver há pelo menos 28 dias na fase amarela de flexibilização.

O secretário também contou que a secretaria está fazendo um “recorte de habilidades” do currículo escolar para avaliar as que terão prioridade primeiro. “Português, matemática, filosofia, história, todas as disciplinas lá estão [no currículo] mas temos habilidades que são mais importantes”.
Rossieli disse também que a secretaria tem um planejamento da retomada, mas que serão feitos diagnósticos recorrentes para avaliar cada nova etapa.
Retomada gradual
A proposta de retomada das aulas nas escolas do governo estadual prevê:
- retorno geral das aulas presenciais, em conjunto para todas as cidades, a partir 8 de setembro – pelo plano, nessa data, o estado estará há 28 dias na fase amarela de flexibilização da economia;
- retomada das aulas presenciais para todas as etapas escolares – creches, educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;
- retorno para redes públicas e privadas;
- no ensino técnico, no profissionalizante e no superior, os alunos formandos poderão ter aulas nos laboratórios para cumprir seus créditos e concluir os cursos – no geral, o ensino superior terá regras específicas e ligadas ao Plano São Paulo;
- três etapas de retomadas das aulas: a 1ª será com 35% dos alunos, a 2ª com 70% e a 3ª e última com 100% dos alunos;
- estudantes que ainda não estiverem indo às escolas deverão continuar assistindo às aulas on-line;
- protocolos de higiene e distanciamento devem ser cumpridos pelas instituições;
- distanciamento de 1,5 metro entre os estudantes – mas esse distanciamento tem exceções, como nas creches, já que não há como aplicar a medida entre bebês e cuidadores (a orientação para tais casos, entretanto, não foi apresentada pelo governo);
- disponibilização, pelo Governo de SP, de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos funcionários das escolas;
- distribuição de máscaras aos estudantes e funcionários – o uso será obrigatório, e o aluno não poderá permanecer na escola se estiver sem máscara;
- professores pertencentes ao grupo de risco deverão seguir com as atividades de forma remota;
- medição da temperatura dos estudantes na entrada da escola – os pais também deverão medi-la antes de seus filhos saírem de casa, e, caso ela esteja acima de 37,5°, a recomendação é não ir à escola;
- proibição do uso dos bebedouros, que são comuns em escolas – será fornecida uma caneca aos estudantes e todos os profissionais;
- intervalos e recreios em revezamento de turmas e com horários alternados;
- e horários de entrada e saída organizados para evitar aglomeração – e preferencialmente fora dos horários de pico do transporte público.