Presidente mais pobre do mundo: qual é o patrimônio deixado por José Mujica?
O patrimônio deixado pelo ex-presidente do Uruguai José Mujica, que morreu nesta terça-feira, 13, aos 89 anos, é incerto. Em 2014, quando ele foi candidato à presidência pela segunda e última vez, esse valor era de aproximadamente R$ 716 mil, segundo declaração de bens entregue ao tribunal eleitoral do Uruguai.
Mujica detalhou que era proprietário da chácara onde viveu até o fim da vida, avaliada em cerca de R$ 434,772 mil; da metade de dois terrenos cujo preço estimado é de R$ 53,353 mil; de dois carros no valor de R$ 10,570 mil; e de dois tratores e outras máquinas agrícolas no valor de R$ 42,414 mil.
também que, em sua condição de presidente, recebia um salário de 292.193 pesos uruguaios (equivalente a R$ 28.671). Pela primeira vez, declarou depósitos bancários por 2.358.690 pesos uruguaios (R$ 231.447) divididos em duas contas.
Mujica relatou ainda que, desde que assumiu como presidente, em 2010, doou 5.812.179 pesos uruguaios (R$ 570.321) ao Plano Juntos, destinado a construir casas para famílias de baixa renda. Para respaldar a construção dessas casas, o presidente também doou uma pá mecânica avaliada em R$ 89,294 mil e uma serraria que custou R$ 44,647 mil.

Além disso, no período de seu mandato, Mujica forneceu 1.962.349 pesos uruguaios (R$ 192.556) à governante coalizão de esquerda Frente Ampla, grupo que ele ajudou a fundar. Segundo a regulamentação interna do FA, aqueles que ocupam cargos políticos em sua representação devem realizar uma contribuição de seus salários.
Ao longo da vida, Mujica ganhou o apelido de “presidente mais pobre do mundo”. Ele andava em um Fusca e era conhecido por manter uma vida sem luxos. O presidente chegou a receber uma oferta de US$1 milhão (o equivalente a R$ 2,5 milhões) para vender o carro, mas recusou a proposta, dizendo que, enquanto estivesse vivo, não venderia o automóvel.
Mujica morreu vítima de um câncer de esôfago que havia se espalhado pelo corpo, conforme ele havia anunciado em janeiro. Na segunda-feira, 12, a esposa dele, a senadora Lucía Topolansky, anunciou que ele estava em estado terminal e sob cuidados paliativos
Fonte:Terra