Virada Cultural 2025 marca nova era de segurança e organização em São Paulo
A 20.ª edição da Virada Cultural de São Paulo, realizada neste fim de semana, surpreendeu o público ao registrar um evento marcado por tranquilidade e sensação de segurança, contrastando diretamente com os episódios de violência e desorganização ocorridos na edição de 2022. Com mais de 10 mil profissionais de segurança atuando em toda a cidade e o suporte tecnológico das 26 mil câmeras do programa Smart Sampa, a capital paulista conseguiu promover uma verdadeira festa urbana em 21 palcos espalhados pelas cinco regiões.
Na região central, epicentro da Virada, o palco principal foi cercado por grades e tapumes, lembrando os moldes de grandes festivais privados. A medida foi elogiada por muitos frequentadores, que relataram um ambiente seguro e confortável. “Dessa vez, deu pra curtir os shows sem medo, com policiamento por todos os lados e sem confusão”, comentou Carolina Almeida, frequentadora assídua do evento. A própria Prefeitura destacou que mais de 3 mil câmeras estavam concentradas apenas no centro da cidade.

Apesar do clima pacífico e da intensa programação musical, alguns problemas logísticos incomodaram o público. O acúmulo de lixo na arena principal após 24 horas de evento chamou atenção pela falta de manutenção. Outro ponto crítico foi a estrutura dos banheiros químicos, que apresentaram odor insuportável no segundo dia, mesmo com filas menores. A escassez de pontos de hidratação também foi alvo de críticas, agravando o desconforto provocado pelo calor intenso.

Mesmo com esses contratempos, a atmosfera geral foi de diversão e celebração, com shows animados ao longo de todo o domingo. Entre os destaques, a cantora Duquesa roubou a cena ao substituir Marina Lima e levantar o público com sucessos como “Fuso” e “99 Problemas”. Já o show de Liniker reuniu uma multidão, consolidando o evento como vitrine da nova geração da música brasileira.

Na noite de sábado (24), o cantor Belo enfrentou uma falha técnica que interrompeu seu show por cerca de 15 minutos, no Palco Anhangabaú. O som do microfone e da banda parou de ser amplificado, mas o público manteve a empolgação e seguiu cantando. Após se desculpar, Belo retornou ao palco e concluiu a apresentação sem novos problemas.
Com saldo positivo, a Virada Cultural 2025 reafirma seu papel como um dos maiores eventos culturais do país, proporcionando arte, música e convivência com segurança e planejamento, ainda que com margem para melhorias estruturais nos próximos anos.
Fonte: Jornal Tabloide